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Prisioneiro

Eu já perdi a conta de quantas vezes rasguei papéis em que tentava escrever esta carta, mas não há outra forma de dizer isso… Tu estás aí e eu estou do outro lado do mundo, completamente impossibilitada de te visitar ou ajudar-te de alguma forma. Não tenho como pedir desculpas por não poder fazer absolutamente nada por ti neste momento, eu poderia me explicar e dizer-lhe o que se passa na minha vida agora, mas não quero gastar espaço no papel com isto. Não sei como isso funciona, eu não sei se tu podes responder ou se poderei enviar mais alguma mensagem. Eu estou a escrever esta carta e me pergunto pelo destino final dela, irá chegar até ti ou ficará perdida em algum lugar até ser esquecida? Eu disse-te tantas vezes para seguires a tua vida, mas não era assim que eu imaginava. Aliás, quem há anos atrás iria conseguir imaginar o rumo que as nossas vidas tomaram? Alguns dos meus amigos me diziam para deixar de me encontrar contigo, porque eu iria me arrepender. Outros diziam que eu
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Fogo e água

Dizem que o excesso faz mal. Excesso de ciúme, de açúcar, de timidez e por aí continua... Mas e o excesso de amor? Podemos chamar-lhe assim ou já se torna obsessão? Às vezes eu pondero a possibilidade de estar obcecada. A minha autoestima é tão baixa que por vezes penso que eu aturo determinadas coisas no relacionamento por achar que não iria conseguir ninguém melhor, penso que ninguém irá gostar do meu corpo, ninguém irá suportar a minha personalidade, os dramas familiares, as decisões que eu tomo rumo contrário á maré. Ele me suporta, me apoia e me ajuda. Para ser sincera, eu não sei quem seria agora se não fosse por ele. Tivemos momentos mágicos e inesquecíveis que jamais irão se repetir com outro alguém. Mas toda essa paixão morreu há algum tempo, acho que as minhas esperanças da nossa chama voltar a acender estão mais mortas do que a nossa relação em si. Somos tão diferentes, isto não era suposto ser bom? Eu sou festa e ele é reunião. Eu sou chama, ele é chuva. Eu sou a lua e

O retorno à casa

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Brasil, Minas Gerais, Betim, Jardim da Cidade. Aqui estou eu de volta às raízes, e a primeira coisa que eu fiz, foi ir ter com os meus amigos num lugar nostálgico a todos, o famoso Betim Shopping . Ao reencontrá-los, depois de tanto tempo, um dos meus maiores medos tornou-se real, estamos todos estupidamente diferentes, como já era de se esperar... Mas logo nós, que éramos como imãs, agora parecemos água e óleo. Tudo bem, isso não irá nos afetar, é compreensível, foram quatro anos sem muito contacto. Fui até uma pastelaria que estava completamente igual ao que me lembrava e comprei o meu cigarro favorito, Ponto Faria, o meu amado cigarro de palha. Quantas saudades eu senti desse sabor e textura. Voltei para o pé dos meus amigos, mas para a minha surpresa, eles estavam com pessoas que eu nunca tinha visto na vida. Eles parecem o nosso passado. (Eu não me encaixo mais?) ... "O que está a acontecer? Eu tive um apagão? Onde eu estou? Num autocarro? Para onde estou a ir?" T

Sonho de Viver

A fase mais linda da vida é a infância. Doce e inocente infância, saudades!  Depois estudamos, matamo-nos de fazê-lo. Formamos. Tudo vai aliviar agora! NÃO. Problemas, trabalho, stress. Férias, sinónimo de ALEGRIA! Mas já acabou. MONEY, MONEY, MONEY. Não preciso mais trabalhar, tenho 85 anos. Saúde? Foi-se… Infância… saudades. O que nos fizemos? O que eu fiz durante a vida? Meus sonhos… morri com eles.

Traveling is changing the clothing of the soul.

Traveling is changing the clothing of the soul.