Fogo e água

Dizem que o excesso faz mal. Excesso de ciúme, de açúcar, de timidez e por aí continua... Mas e o excesso de amor? Podemos chamar-lhe assim ou já se torna obsessão?
Às vezes eu pondero a possibilidade de estar obcecada. A minha autoestima é tão baixa que por vezes penso que eu aturo determinadas coisas no relacionamento por achar que não iria conseguir ninguém melhor, penso que ninguém irá gostar do meu corpo, ninguém irá suportar a minha personalidade, os dramas familiares, as decisões que eu tomo rumo contrário á maré.
Ele me suporta, me apoia e me ajuda. Para ser sincera, eu não sei quem seria agora se não fosse por ele.
Tivemos momentos mágicos e inesquecíveis que jamais irão se repetir com outro alguém.
Mas toda essa paixão morreu há algum tempo, acho que as minhas esperanças da nossa chama voltar a acender estão mais mortas do que a nossa relação em si.
Somos tão diferentes, isto não era suposto ser bom? Eu sou festa e ele é reunião. Eu sou chama, ele é chuva. Eu sou a lua e ele o sol. Eu sou álcool, ele, social. Eu sou amizade, ele é indiferença. Eu sou sorriso, ele é seriedade. Eu sou vibrante, ele é castanho.
Nesses momentos, mais do que eu gostaria de saber do futuro, gostaria de saber se ele tem a noção de que está a me perder cada dia mais.

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